sexta-feira, novembro 03, 2006

Pensamentos soltos e talvez, mal explicados.

Sexta a noite. mais exatamente,01:49. Se algum chato ler essa frase com certeza vai dizer: "Sexta não, sábado".Chatos adoram fazer esse tipo de comentário, mas eu sou adepta da filosofia de que só é outro dia depois que acordo. E se por um acaso eu não dormi, (o que é uma possibilidade quase remota nos ultimos tempos) só é outro dia depois que o sol nasce.
Volto pra casa depois de dar uma volta pela cidade. Não demorei muito, afinal, todas as pessoas estavam no mesmo lugar. Por isso foi até difícil conseguir uma mesa no único barzinho da cidade.
Uma fome, uma porção de croquete e muita coca cola. Enjoo. Há quatro dias que me sinto assim.. enjoada. Se não fosse humanamente impossível, eu até ficaria preocupada. Deve ser só a fritura mesmo.
Em casa, encontro meu estojo. Achei que eu tinha perdido. O estojo é um tipo de coisa pela qual vc realmente só dá importância quando perde.
Olhei para meu quarto e vi três presentes que ainda não entreguei, e aí, pensei: carai, por que comprei então?
Resolvi arrumar meu quarto, parei pra mexer no computador, agora olho para o meu quarto e vejo que ele está mais bagunçado do que antes.
Por que eu bagunço se sou eu mesma que vou ter que arrumar?
E agora, estou me perguntando: por que eu deixo tudo pela metade?
Corrigi metade das redações,
Li metade do livro,
escrevi metade de uma carta,
escrevi outras inteiras mas não mandei,
comprei o presente mas não entreguei,
procurei e não achei,
ou achei mas perdi outra coisa.
Fiz metade das coisas anotadas no meu caderninho,
comprei nem metade do que queria e precisava..
Vou deixando pela metade e por fim, os planos vão expirando..
fico em débito com as pessoas, com os compromissos, com os planos
e comigo mesma.
Logo eu, que odeio o quase, que odeio coisas mornas, que detesto essa sensação de que está tudo pela metade, que ainda falta, de que a missão ainda não foi cumprida.
Acomodei-me. Por que? Não sei. Mas a cada dia me acomodo mais.
até quando???
Ontem assisti a um filme, O Jardineiro fiel. Ainda não encontrei um adjetivo bom para defini-lo. Ele não é só bom, ou lindo, ou triste. Ele é tudo isso e algo que não acho nome pra explicar. Mostra o lado da vida que a gente sabe que existe mas não quer lembrar. Afinal, nada pode mudar nossa rotina, nossa vidinha mediocre. Pra que pensar que existem problemas se eu não posso fazer nada para mudá-los?
Muito fácil mostrar os problemas com histórias bonitinhas que tem um final feliz. Difícil é encarar como as coisas realmente são, e que pra lutar e fazer o que é preciso pra mudar as injustiças existem riscos. Quem realmente está disposto a enfrentá-los? Será que sempre vai ser preciso que sinta na pele pra poder fazer alguma coisa?
Eh um filme que pelo menos uma vez na vida todas as pessoas teriam que assistir.
Ver a realidade de fato em forma de ficção, e não o contrário.

enfim, por que estou falando tudo isso? nem sei mais.
Estou insatisfeita comigo mesma. Por que tudo o que eu preciso depende apenas de mim, e eu estou falhando comigo mesma.
Não quero deixar as coisas pela metade.
Não quer ser metade.
Sutilmente, me deram um missão agora nesse quarto bimestre.
Hoje, encontrei um pessoa e eu disse a ela: Deus faz as coisas quando tem que ser, nem um dia a mais, nem a menos.
Pois sinto que ainda posso fazer algo para mudar, depende apenas de mim.

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