segunda-feira, março 28, 2011

Procura-se um companheiro.

Procura-se um companheiro
que saiba rir dos seus próprios defeitos.
(e dos meus)
Procura-se um companheiro que queira desbravar o mundo
de preferência, de mãos dadas.
Que não tenha medo de pegar uma mala ou uma mochila e partir.
Sem rumo, sem destino, sem data pra voltar.
Procura-se um companheiro que queira aproveitar cada momento da vida,
que curta um bom rock n'roll
que ria da música ruim
que dance desajeitadamente a música brega
que goste de poesia
que um dia escreva uma
que queira ganhar um livro
que queira um filho
dois filhos, três filhos
e um beagle.
Procura-se um companheiro que goste de ficar sozinho.
Que saiba a hora de calar. A hora de falar. A hora de parar de falar.
E a hora em que as palavras são desnecessárias.
Procura-se um companheiro que goste de cafuné.
Que tenha preguiça de acordar cedo..
Procura-se um companheiro que goste de ir ao cinema ver um filme cult.
Ou que finja gostar.
Ou que apenas esteja comigo nessas situações que são tão minhas.
Procura-se um companheiro
que não me complete.
Estou inteira, oras..
Um companheiro que some, acrescente, envolva, desnorteie...
que me tire a razão, o norte, a consciência, e fim.
Procura-se um companheiro sem estar procurando.
Procura-se um companheiro que surja,
do nada
e do nada, torne-se indispensável. Inesquecível.
Procura-se um companheiro que seja diferente de mim
(não suportaria outro de mim...)
e que por isso, goste da minha companhia.
Procura-se um companheiro que ame minhas amigas.
Que ame seus amigos. Mais que tudo.
Que me ame. E que ame ser amado.
Procura-se alguém que me encontre.
E não me perca jamais.

domingo, março 13, 2011

Os paradoxos e bizarrices desta pessoa que vos fala...

Todo mundo tem suas bizarrices, eis as minhas:

1. Eu adoro praia, mas DETESTO areia. Odeio areia grudando, odeio que as minhas coisas fiquem todas cheias de areia e nem gosto de ficar direto dela - sou adepta das cangas, cadeiras e do chinelo.
2.Eu gosto de manga, a fruta. Mas não posso nem sentir o cheiro do suco de manga. Principalmente, se for o de pozinho. Nem curto.
3. Sou capaz de trocar uma sobremesa de chocolate e sorvete por uma salada de frutas.
4. Não consigo sair de casa sem escovar os dentes. Pode fazer apenas meia hora que eu escovei, se eu for sair, tenho que escovar de novo.
5. Quando estou lendo uma revistar, tenho a mania de parar e de repente, começar a ler do fim para o começo. Depois eu volto, e continuo lendo sequencialmente.
6. Quando durmo em outro horário que não seja a noite, não gosto de dormir na minha cama. Durmo no sofá  ou na cama da minha mãe (que é a melhor de todas)
7. Deixo de comer algumas coisas por causa da aparência, mesmo sabendo que é bom. É o caso da berinjela.
8. Não consigo dormir descoberta. Pode estar o calor que for, tenho sempre um edredon, ainda que eu tenha que colocar o ventilador no máximo pra ficar fresquinho.
9. Seguindo o item acima - Só tomo banho gelado se estiver muito calor. Mas muito mesmo! Não gosto de banho frio, nem morno. Tem que ser quente!
10.Sempre tenho dificuldades em terminar um post.. tenho várias ideias para o começo, mas sempre acho que os finais estão ruins....

Um sentimento me define.

Um único sentimento toma conta de mim: Saudade!
Quando você sente saudade de alguém, telefona, manda email, carta, mensagem, sinal de fumaça, pega um ônibus, um carro ou avião e corre pra matar esse sentimento. Quando tem saudade de um cheiro, um gosto, um lugar.. procura fotos, lembranças, qualquer coisa que possa diminuir um pouco essa dorzinha ao mesmo tempo incômoda e boa - afinal, só se tem saudade do que é bom - mas e quando a saudade é de si mesmo?
Estou com saudade de mim. Saudade de uma pessoa que eu já fui e acredito que não vou voltar a ser. Como é possível matar a saudade de algo que não volta mais? A resposta é simples: não é possível. E por isso dói. E como dói.
Saudade do que eu pensava, acreditava, sonhava. Saudade do que me iludia. Saudade do meu rosto, do meu corpo, dos meus cabelos. Saudade dos meus olhos.. mais vivos, mais cheios de brilho. Saudade da esperança, da fé, do amor. Saudade de como tudo isso fazia parte de mim naquele tempo. E sem que eu pudesse perceber ou evitar, tudo mudou.

"Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.


Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração que nem se mostra. 


Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
Em que espelho ficou perdida a minha face?"



(Retrato, Cecília Meireles)