sábado, dezembro 24, 2011

Luzes de Natal

As luzes vão tomando conta da cidade. Ora coloridas - verde, azul, vermelha, amarela - Ora num dourado persistente ou ainda um branco azulado. Elas surgem, misturam-se, confundem. Invadem as janelas, as fachadas das casas e, aos poucos, elas vão trazendo a notícia: É Natal.
Uns se assustam com a velocidade da passagem do tempo, outros entristecem-se. Outros ainda se animam e se envolvem às luzes, montam suas árvores, criam seus enfeites - afinal de contas... é natal.
Eu fui tomada por um misto de sentimentos que eu nem sei ao certo definir. Não me encaixava entre os que assustavam-se com a passagem do tempo porque senti o peso de cada dia desse ano. Difícil, duro. Parecia que não chegaria ao fim, mas chegou. Sem dúvida, entristeci-me um pouco. São tantas lembranças: a infância, que já passou. A família, que não é mais a mesma. A inocência, que não existe mais. O Natal tem uma alegria melancólica.
Esforço-me para afastar as tristezas e me deixo envolver.  Vejo o taxista com o gorro de Papai Noel sorrindo para seus passageiros. As crianças tirando fotos junto ao Papai Noel. E as palavras carinhosas vão se espalhando entre todos, trazendo junto com elas os bons sentimentos tão esquecidos nos outros dias do ano. Me esforço para entrar nesta atmosfera e espantar a melancolia insistente. Preparo cuidadosamente os presentinhos embaixo da árvore de Natal. Ligo minhas próprias luzes - as coloridas! E sento mais uma vez para escrever para meus amigos. Eu gosto de rituais. Eles têm que existir - um dia diferente dos outros dias, uma hora diferente das outras horas -  o texto vai e volta e não sai do lugar. Enviar. "Que bosta, Sue Ellen, vc já foi melhor nisso..." pensei.
Aos poucos, uma a uma, vêm as respostas.. tão carinhosas, tão sinceras, tão verdadeiras, que eu quase consigo acreditar que aquele texto foi um dos melhores que já fiz. Me dei conta de que não importava o texto e nem o Natal. O importante é que eu tenho à minha volta as melhores pessoas. E a cada linha lida uma nova luz acendia, uma nova luz iluminava o meu triste Natal, e tudo se tornava um grande colorido - azul, verde, amarelo, vermelho..

terça-feira, dezembro 13, 2011

Não é fácil...

Não é fácil
Não pensar em você
Não é fácil
É estranho
Não te contar meus planos
Não te encontrar
Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado
Na verdade eu preciso aprender
Não é fácil, não é fácil
Onde você anda
Onde está você
Toda vez que saio
Me preparo pra talvez te ver
Na verdade eu preciso esquecer
Não é fácil, não é fácil
Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado
O que eu faço
O que posso fazer?
Não é fácil
Não é fácil
Se você quisesse ia ser tão legal
Acho que eu seria mais feliz
Do que qualquer mortal
Na verdade não consigo esquecer
Não é fácil
É estranho

quarta-feira, novembro 16, 2011

Como os nossos pais.

Eu cheguei à Unicamp com 17 anos e foi lá que eu conheci o Movimento Estudantil. A princípio, há o deslumbre! Afinal, todo mundo aprendeu nas aulas de história que foram os jovens que mudaram esse país! Naquela época, vivíamos uma ditadura, policiais violentos, tortura, não havia liberdade de expressão, e quando olhamos para a juventude de hoje, pensamos: aonde foi parar aquela força do jovem para mudar o país?
Então, quando você conhece o Movimento pensa: vou fazer parte! vou militar! Eu quero fazer a diferença! Infelizmente, não é tão simples assim. É preciso de tempo. Eu trabalhava. E muitas pessoas da minha turma também. Às vezes, dava uma "raivinha" quando o pessoal vinha pedir para que participássemos da ocupação e eu pensava: "ah tá, e quem avisa ao meu chefe amanhã?" Essa galera, na maioria das vezes, tinha carro, o papai bancava e muitos fumavam maconha sim. É a realidade!
Mas isso não significa que eles não faziam o que deveria ser feito! Ou vocês acham que a juventude da década de 70 não era assim? Vocês acham que eles não tinham quem os bancasse? Não eram de famílias burguesas? Lembre os nomes desta época - Chico, Caetano, Gilberto Gil...-  e vcs acham que eles não fumavam maconha??????

Para que acabasse a ditadura e tivéssemos liberdade de expressão, eles DESOBEDECERAM às leis, eles gritaram, manifestaram, fizeram o que era preciso para que tivessem voz! A lei não está acima de tudo e todos! Elas estão aí para serem questionadas por cabeças pensam - e nada melhor que o ócio para estimular o pensamento livre!

(os modernistas da semana de arte moderna era burguesinhos filhinhos-de-papai e  revolucionaram a arte nesse país, foram chamados de jovens mimados e inconsequentes, massacrados pela imprensa e por conservadores como Monteiro Lobato e, por fim, trata-se de um dos períodos mais incríveis da literatura nacional.)

Quem começa a discussão dizendo que os manifestantes estão protestando apenas para poderem fumar maconha não deveria nem mesmo começar a discussão. Primeiro, porque você não procurou se informar por todos os acontecimentos. Segundo, porque é claro que essa é a visão que a mídia está divulgando sobre o assunto. Terceiro, você assistiu Tropa de Elite,é um bom filme, diz verdades, mas você não precisa repetir os argumentos dele o tempo todo né?

A manifestação é a respeito da presença da policia militar dentro da universidade e quanto aos escândalos de corrupção envolvendo o atual reitor da USP (esse texto aqui é excelente, então não vou recapitular tudo que foi dito nele) a prisão dos meninos foi apenas o estopim.

Mas o que tem me revoltado de verdade é a maioria massiva que acha que os estudantes são apenas um bando de baderneiros vândalos mascarados, que não deveriam desobedecer à lei, que a policia agiu com razão, afinal, eles não cumpriram a ordem judicial e esquecem o fato de que era DUZENTOS policiais contra SETENTA estudantes DESARMADOS. Policiais que coagiram, cometeram abuso de poder e há relatos até de tortura, fizeram tudo isso com jovens que estavam apenas manifestando, usando a liberdade de expressão que a geração anterior conquistou para nós.

É essa a policia que vai garantir segurança? É essa a policia que queremos dentro da universidade? Queremos segurança sim, mas isso não implica necessariamente na presença da policia militar! Existem diversas formas de manter a segurança! (vide o texto já mencionado)

A nossa ditadura é muito pior. É a ditadura do pensamento. É uma ditadura silenciosa que controla o meio de pensar através dos meios de comunicação. E os meios de comunicação que mostram apenas o lado que lhes interessa, que lhes cabe e favorece. Mostra apenas a pequena parcela de manifestantes radicais mascarados que apelaram para a violência, e não o interesse de quase 3000 estudantes que participaram das Assembleias.

Há muitas coisas que são questionáveis na atuação do Movimento Estudantil, existe muito barulho por nada também, mas não podemos negar o seu poder de transformação. Heróis são incompreendidos ao seu tempo, mas nem por isso deixam de ser heróis. Heróis são aqueles que fizeram o que era preciso ser feito!

Quer se informar melhor? Leia esses textos aqui:
Marcelo Rubens Paiva - http://blogs.estadao.com.br/marcelo-rubens-paiva/geracao-mascarada/ e http://blogs.estadao.com.br/marcelo-rubens-paiva/posse-de-maconha-nao-e-crime/
André Forastieri - http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/
http://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2631278421904&id=1253687583
Carta capital: http://www.cartacapital.com.br/blog/politica/nao-carta-ao-ex-presidente-fhc/#.TrmVg9VlpjI.facebook
Estudante do ECA: http://www.facebook.com/notes/shayene-metri/desabafo-de-quem-tava-l%C3%A1-reintegra%C3%A7%C3%A3o-de-posse/233831886679892

sexta-feira, outubro 14, 2011

Pedido de Dia dos professores.

Houve um tempo em que ser professor era uma posição de respeito, uma ótima profissão  a ser seguida. Nunca passava pela cabeça de qualquer aluno desrespeitar a um professor, era a autoridade máxima em sala de aula. Nesse tempo também, havia muito professor ruim, que se achava o dono da verdade, não sabia ouvir, não sabia dialogar, via seus alunos como máquinas que deveriam reproduzir o que ele havia lhes transmitido e caso não o fizessem, eles é que eram burros, incompetentes. Alguns professores usavam da sua autoridade para impor respeito, mas será que ensinavam de fato? 
No discurso entre os professores e também na sociedade como um todo, existe um saudosismo desse tempo em que os professores detinham esse poder. Primeiro, porque a posição do professor na sociedade hoje mudou completamente, segundo porque os dados com relação a educação revelam o caos, logo precisa-se encontrar uma maneira de solucionar o problema. E aí vêm mil campanhas de valorização, é comercial do MEC, é incentivo a licenciatura, é imagens do facebook do tipo "respeito ao professor", "troque um parlamentar por 23403594368 professores" e mais muito blábláblá que vemos por aí. 

Bem, eu não queria ter o respeito que esses professores do passado tinham. Porque não era respeito, era medo. Eu não queria nem mesmo ser como eram. Eu gosto de ouvir. Eu gosto de ser questionada. Me faz querer aprender mais, melhorar. A pergunta que eu não soube responder hoje, pode ser respondida com excelência no dia seguinte, desde que eu reconheça o seu valor. Meus alunos não são máquinas. São pessoas! Pessoas incríveis! Que estão passando pelo momento mais chato da vida delas - a tal da adolescência - mas por trás das caretas, respostinhas petulantes e reclamações, existem pessoas que, às vezes, só precisam que você lhes escute um pouco. O respeito que eu busco entre os meus alunos é fazendo-os ver que eu sou uma pessoa normal:  erro, falho, tenho dias ruins, dias bons e, principalmente, não estou num pedestal - estamos no mesmo nível! Falamos a mesma língua! E é aí que eu vejo o respeito. Não vejo respeito no silêncio sepulcral, mas na fala, nas confissões, no olhar atento de fato, no sorriso que surge em meio a uma história, no abraço que correm para me dar. Sinto-me respeitada pelos meus alunos e não queria ser diferente do que sou. 
O que eu queria de fato é que as pessoas levassem a sério a educação neste país. Que o professor recebesse o salário justo pelo trabalho que desempenha, pela formação que teve. Que os cursos de licenciatura fossem mais do que "tapas-buracos"  ou "tampar-sol-com-a-peneira" - queria que todos os estudantes de letras tivessem vontade de ir pra sala de aula a partir dos primeiros dias de aula, assim como aconteceu comigo. Queria que não tivesse mais professor de Artes dando aula de Ciências, ou alunos sem aulas porque simplesmente não tem professor para ocupar o lugar. Queria não ver mais aquele olhar de piedade das pessoas quando eu digo que sou professora. Queria que algumas matérias não fossem vistas mais como "aulas vagas", queria poder ensinar o que realmente é importante para os meus alunos e não o que está no livro. Queria que eles não precisassem saber o que é uma Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal Reduzida de Infinitivo (mesmo porque de que adianta saber isso?) mas que eles pudessem se expressar através da escrita, se emocionar lendo Vidas Secas, queria que eles vissem na literatura não só a chatice de "O que é um soneto", mas enxergar um mundo diferente que existe através das letras dos grandes autores. Queriam que eles não se sentissem mal porque não entendem física e mas sim, bem porque mandam muito bem em história. Queria que a escola não valorizasse o que você não sabe, mas sim o que você sabe! Que incentivasse você a aprimorar o que gosta. Não quero que troque um parlamentar por 39042985 professores. Eu quero que o parlamentar e o professor tenham o mesmo valor, ou melhor, o mesmo salário. Assim como o salário do professor não precisa ser exorbitante, o do parlamentar também não deve ser. Apenas o justo. Não precisamos de mais professores (tá, talvez precisemos de um pouco mais) mas precisamos de professores satisfeitos. Que tenham tempo para preparar suas aulas com qualidade, se aprimorar, atualizar conhecimentos. Tempo para avaliar o seu aluno de maneira plena. E que RECEBA por esse trabalho que vai além da sala de aula. Não quero que os alunos voltem a tratar os alunos como antigamente. Mas que respeitem como todo profissional merece o seu respeito e principalmente que CONFIEM no seu trabalho e na sua capacidade. 

Portanto, como professora por formação (e que se orgulha desse formação), como professora que não o faz só porque não tem outra opção: mas sim justamente por opção, vocação e paixão - Peço-lhes encarecidamente, não revelem a compaixão hipócrita pela causa. Não compartilhe imagens no facebook. Mas sim, ensine a seu filho que aquele que lá está para ensiná-lo o faz porque tem o seu mérito. Ensine ao seu filho que pagando ou não pelo "serviço" o profissional deve fazê-lo como acha certo fazer, uma vez que se estudou para isso. Como aluno, por mais crítico que seja, pense duas vezes ao se levantar de uma sala de aula, ou para fazer perguntas que visem apenas testar, provocar seu professor. Como pai, antes de questionar a avaliação do seu filho, reflita se ele realmente merecia ser avaliado de outra forma. Como professor, tenha a humildade de reconhecer que a situação pode estar caótica, mas você tem o seu papel e parte do seu trabalho só depende de você. Seja ético com seus colegas. Seja ético com seus alunos. Seja coerente com o seu discurso. Mude seu comportamento, sua forma de pensar. Só isso é que é capaz de fazer a diferença.
Nesse dia dos professores, o que eu realmente gostaria é de acreditar que o Brasil pode ser um país em que os professores possam se orgulhar da sua profissão, planejar sua carreira nela, fazer o seu trabalho com dignidade. Que os bons professores não se cansem e nem desistam. Que eu possa ouvir um jovem dizer que quer ser professor e responder-lhe que está é uma boa escolha. E que enquanto eu for professora, eu possa viver momentos como esse abaixo, pois são eles que fazem toda a diferença. 

(Encerramente do Sarau, Colégio Integrado, 2010) 

sábado, outubro 08, 2011

Dez anos depois...

"Nossos ídolos ainda são os mesmos..
e as aparências não enganam não...
você diz que depois deles, 
não apareceu mais ninguém" 
(Como os nossos pais, Elis Regina)


O primeiro disco do Guns N'Roses foi lançado em 1987. E o que eu era nessa época? Um ser que babava, chorava e usava fraldas. Por volta de 1994 a banda se desfez, ficando apenas o Axl da formação original. Eu não tinha mudado muito, tinha 8 anos, estava aprendendo a fazer contas de dividir e ouvia qualquer coisa que passasse na televisão. Quando eu vim a conhecer a banda, foi em 1999, eu acho. Teve um show cover aqui em Jaguariúna num evento que eu nem mesmo lembro qual era, a minha turma de amigos já conhecia e era fã, foi amor à primeira vista. Como eu agradeço por ter sido maria-vai-com-as-outras!! Eram várias as bandas que minha turma gostava, mas o Guns me conquistou. A partir daquele momento, Guns n' Roses seria uma banda que faria parte da minha história.
Em 2001, quando teve o terceiro rock in rio, eu tinha só 15 anos e não se falava em outra coisa senão o retorno de Axl Rose com uma nova formação. Eram tantos os boatos: será que ele ainda consegue cantar como antes? E a banda? Terá uma aparição do Slash? - Eu queria muito estar lá! Mas é claro que minha mãe não deixaria eu me abalar até o Rio de Janeiro, em um show de 250 mil pessoas.* Eu vi pela televisão. Chorei!! Tem detalhes que lembro com riqueza de detalhes: ele tirando os anéis para tocar piano e cantar November rain (lágrimas e mais lágrimas) e o final do show com Paradise City e a bandeira do Brasil no telão do fundo do palco! Me dava um aperto no coração pensar que poderia ser a última vez que a banda passaria pelo Brasil, que eu tinha perdido a única chance de ouvir Axl Rose ao vivo.
Já naquele tempo foram inúmeras as críticas ao próprio Axl - fora de forma, gordo, ainda arrogante e com a voz já debilitada - e a banda que não superava a formação anterior. E as críticas não param e nem vão parar.
A verdade é que é muito triste ser roqueiro hoje em dia. Somos nostálgicos. O auge do rock foi em uma década que eu, por exemplo, não pude viver. Vivemos um saudosismo, sonhamos em poder ver nossos ídolos e esquecemos que eles não são aqueles que (não) conhecemos. Eles envelheceram, mudaram, assim como nós. Alguns continuam bem (haja vista Paul Mc Cartney!) mas estes são a exceção e não a regra.Não temos como saber como se estariam muitos outros se tivessem vivido um pouco mais.. mesmo que o tempo fosse cruel com eles, não deixariam de ser o que são: mitos! Como é possível que tantas gerações ouçam a mesma música? Como é possível que 24 anos depois Welcome to the Jungle ainda seja capaz de levantar o público? E que eu com 25, outro com 40 e um menino de 17 tenhamos a mesma emoção ao ouvir essa música? É, pode ser que Axl Rose não seja mais o mesmo, mas ainda é O cara (Esteves, Priscilla. 2011)
Pois bem. Dez anos se passaram, e quando anunciaram o Rock In Rio 4 eu fiquei na torcida: "Por favor, Guns, Guns, Guns" - E foi confirmado! Toda vez que eu dizia que iria ao show do Guns o comentário era o mesmo: "Ah,. mas nem é mais o Guns..." - A verdade é que ninguém é capaz de entender.

Ninguém é capaz de entender o que eu senti quando vi no telão aquele olhar que ainda era o mesmo vinte anos depois. Ninguém é capaz de entender que mesmo com muitos quilos a mais, ainda era ele que fazia a dancinha que todo mundo conhece. Ninguém é capaz de entender que mesmo com os altos e baixos ainda era ele fazendo os agudos. Não era um cover, não era uma banda X - Era o Axl Rose cantando as músicas que fizeram parte da minha adolescência. E junto com ele: cem mil pessoas cantando! E entre elas, eu.
Quem nunca se fez de ridículo na hora que viu seu ídolo subir ao palco não sabe boa parte do que é felicidade. 
Ele envelheceu. Eu também envelheci.(Tenho certeza que com quinze anos eu teria muito mais disposição para pular!) Mas eu nunca vou esquecer das minhas mãos tremendo quando vi ele entrar no palco. Do berro que eu dei quando ouvi ele dizer: "You know when you are? You're in the jungle, baby", da emoção de escutar o solo inicial de Sweet Child O' Mine (ainda que sem o Slash..=/) Das lágrimas que misturaram com a chuva ao som de November Rain e principalmente de como eu tirei forças sabe-se lá da onde pra pular enlouquecidamente quando encerrou o show com Paradise City!
Não importa que não seja como na década passada. Por duas horas, eu pude me sentir como se tivesse vivido em outro tempo. Como se eu pudesse ter vivido o auge do rock n'roll. Fui novamente uma adolescente tola, ingênua e cegamente apaixonada pelo seu ídolo. E quer saber? Foi bom demais!
São esses momentos que fazem a gente sentir que está vivendo de verdade!! Quando todos os seus sentimentos vêm com toda intensidade: alegria, riso, dor, emoção - sem medo do ridículo, sem medo de ser feliz!E digo mais, se ele aguentar e mais uma vez Guns N' Roses vier ao Brasil: eu vou de novo! E mais quantas vezes tiver. 

(Dez anos de espera....November Rain, debaixo de chuva! )


*informação do site http://www.gunsnrosesbrasil.com/gunsnroses/index.php?/a-banda/biografia

quinta-feira, setembro 08, 2011

A gente sempre sabe!

Às vezes, se engana.
Finge que não sabia.
Finge que esperava que fosse diferente.
Mas vc sabia que não seria.
Você sabe aqueles que sentem sua falta.
Você sabe aqueles que até sentem, mas sabem lidar com ela.
Você sabe quem vai querer sua opinião sobre uma decisão importante.
Você sabe quem já sabe a sua opinião e tem medo de ouvi-la de você
E você respeita, porque também sabe que ninguém precisa pensar como você.
Você sabe quem vai te surpreender
Você sabe quem vai te esquecer..
Você sabe quem jamais te esqueceria.
Você sabe quem sabe o que te deixa feliz.
Você sabe exatamente o papel de cada pessoa em sua vida.
Sempre sabe. Mas há tempos em que não quer saber.
Não quer porque, às vezes, aquele que te importa tanto não te dá a mesma importância
e isso dói.
Não quer porque você gostaria que essa pessoa te surpreendesse, mas ela não surpreende.
E isso frustra.
Não quer porque você não gostaria que essa pessoa te esquecesse..
mas ela esquece.
E então você a culpa, você sofre, magoa-se, chateia-se.. mas vá lá, seja sincero consigo..
As expectativas são suas, lide você com elas! Ninguém te prometeu nada além disso!

Ah que doce é a maturidade que te faz ver que não se deve preocupar com aqueles que não se importam!
Veja: olhe a sua volta! Você realmente precisa do que não está ali?
Não é possível que tudo que vc recebeu (ainda que por distância) não seja o suficiente e o indispensável!
Não seja tão ambicioso.. não busque o sofrimento!

Nesse aniversário eu escolhi não sofrer. E lá depois de muitos bons drink eu disse: Eu sabia quem estaria aqui.
E eu não menti. Eu sabia mesmo! Assim como eu sei que quem só não estava porque não pôde. E não sofri.
Porque eu cansei de querer o que eu não tenho. De esperar o que não vai vir.
O que eu tenho é bom demais.
As pessoas que me abraçaram são as melhores que poderia ter.
E eu não preciso de mais nada!
Quando você entende que cada um tem suas prioridades, a vida é mais leve, mais simples!
E você continua a se importar com todos, mas sabendo quem merece mais a atenção!

Junto com os vinte e cinco anos  vem o fim do colágeno, algumas rugas, menos disposição e um metabolismo lento. Mas vem também muita serenidade, autoconfiança, segurança e serenidade. E isto, é impagável!

Obrigada a todos os meus queridos!
vocês sabem quem são! :)

segunda-feira, setembro 05, 2011

Feliz por Nada, por Marta Medeiros

"Geralmente, quando uma pessoa exclama : Estou tão feliz!, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê.
Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas.
Muito melhor é ser feliz por nada.

Digamos: feliz porque maio recém começou e temos longos oito meses para fazer de 2011 um ano memorável.
Feliz por estar com as dívidas pagas.
Feliz porque alguém o elogiou.
Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses.
Feliz porque você não magoou ninguém hoje.
Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
Esquece.
Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.
Feliz por nada, nada mesmo?
Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza.
"Faça isso, faça aquilo". A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?
Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros.
Mas não estando alegre, é possível ser feliz também.
Não estando "realizado", também.
Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência.
É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo?
Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.
Benditos os que conseguem se deixar em paz.
Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos.
Apenas fazem o melhor que podem.
Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento.
De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.
Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição.
Demanda a energia de uma usina.
Para que se consumir tanto?
A vida não é um questionário de Proust.
Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria.
Que mania de se autoconhecer.
Chega de se autoconhecer.
Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
Ser feliz por nada talvez seja isso."
(Marta Medeiros)

sexta-feira, agosto 26, 2011


É dele meus olhos, meu nariz, minha boca, meu jeito de olhar.
É dele meu jeito sossegado, tranquilo e paciente.
Aprendi com ele a viver a vida, aproveitar os momentos de alegria e diversão.
É dele meu gosto por festas, surpresas e manifestações de carinho.
É dele minha inteligência e vontade de conhecer o mundo!
Admiro seu jeito cordial, amigo, gentil e educado!
É ele que eu tanto amo!
Feliz dia dos pais todos os dias!
Te amo, Pai!

domingo, julho 10, 2011

Você já ganhou uma música?

Eu já!
Vou ter que repetir a foto. E vocês vão entender o porquê...






Pretty lady of la rivière

A friend sent me your picture
He said dude looks like she suits ya
I was there all mind blown
Thought of making a song

[chorus]
Some brown eyes, so warm coat
Standing there by the river
Enjoy your life
South American girl

I was looking at your beautiful hair,
Trying not to despair,
After a time i realized
The Eiffel Tower was there!

Some brown eyes, so warm coat
Standing there in Paris
Enjoy your free life
South American girl

[chorus 2]
Your shining smile is all I look at
In my times of sorrow
Things around here don't look so bad
When your picture is there

Please, please, do me no harm,
Look at the river behind you
Please, please, tell me I'm right,
And be my pretty lady of la rivière


(João Paulo Maldonado) operacaorevolucao.blogspot.com 
Obrigada, querido! Adorei! :) 

sábado, julho 09, 2011

Uma carta.

Jaguariúna, 09 de julho de 2011. 

Ma belle Paris... 


comment ça vas? 
Quanto tempo não? Já faz um ano! Tanta coisa aconteceu nesse tempo.. e ao mesmo tempo, nada. 
A saudade foi tanta neste dia que resolvi escrever. Você nem mesmo imagina como acordei tristonha nesse sábado frio aqui no Brasil (por incrível que pareça) em pensar que não pegaria minha mala e embarcaria para te ver. Não sei se você sabe, mas a saudade é um sentimento difícil de explicar, nem mesmo existe uma palavra em francês que possa substitui-la, mas eu posso lhe dizer que sei (ah, e como sei) que saudade dói. E é a dor mais difícil de fazer passar.. 
Não sei se fiz bem ou não, mas resolvi me pôr a escrever para lembrar de todos os momentos que passamos por aí. Sabe, nós temos o hábito de fazer isso, principalmente com a saudade: dói, mas mesmo assim é bom lembrar, é bom cutucar a dor, como diria um poeta português (muito bom, por sinal) "arde sem se ver..dói não se sente.."
Pois então, me diga, me conte! Diga-me se o céu de verão continua azul e sem nuvens! E os jardins? Tão floridos, tão belos, tão... perfeitos! Tenho certeza que ainda estão. Creio eu que o metrô.. bem, tem aquele probleminha né? Desculpe-me por falar assim tão sinceramente, mas convenhamos, como cheira mal não? E então,  o metrô continua o mesmo? Continuam os crepes deliciosos, os croissants e queijos saborosos, os vinhos baratos e a cerveja quente? (nem tudo é perfeito, não é mesmo?) No fim da tarde, ainda sentimos aquela brisa gostosa que refresca os dias quentes?
E as luzes? As encantadoras luzes que te tornam uma cidade mágica, elas continuam tão encantadoras? Parece tolo fazer todas essas perguntas.. parece óbvio, mas, s'il vous plaît, perdoe a minha tolice.. sou apenas uma apaixonada a um oceano de distância querendo ter a certeza de que tudo continua lindo, perfeito,  especial e incroyable!  
Você não imagina como me faz falta caminhar por suas ruas desvendando cada novo canto desta cidade. Como era bom me surpreender e estar envolta por aquela atmosfera tão charmosa, tão tão.. Paris! 
Era tão bom também sentar à beira do Sena, fazer piqueniques nos parques, aproveitar dos dias compridos de verão. Que delícia sentir a liberdade de ser como quiser sem olhares julgadores. Como era bom passar as tardes em um museu, ou um parque, ou uma igreja antiga, ou um cemitério (por quê não?) Como era bom ficar olhando incansavelmente para toda aquela paisagem lida e  admirar a Tour Eiffel iluminada. Já até imagino você dizendo "ah, meu deus, que tanto esse povo vê nessa torre..." também não sei, mas é linda, ué! 
Sinto falta da delicadeza francesa: "Bon jour, mademoseille", "Pardon, mademoseille" e até mesmo do ar sisudo, às vezes, mal humorado, sinto falta da pontualidade, da organização, da maneira de levar a vida com qualidade, sem essa loucura desvairada que é o nosso american way of life. Sinto falta de tudo que me fazia sentir realmente em um lugar que eu tanto sonhei. 
Pois é, como é bom lembrar de tudo, não? Como é bom lembrar das coisas que nos fizeram bem.. não há saudade mais gostosa do que aquela que temos dos bons tempos vividos! Queria sentir de novo tudo aquilo que senti durante todos os dias de julho do ano passado: a ansiedade, o medo, a alegria, a insegurança, a emoção, a felicidade, o cansaço, a realização.. Essas coisas que nos fazem sentir vivos, sentir que estamos fazendo algo de interessante, que a vida não é só um repetir das coisas, um ciclo vicioso, que o mundo é muito mais do que essa pequena cidade em que vivo. Como é possível que pessoas passem a vida inteira sem descobrir isso? Eu descobri e não consigo mais viver sem.  
Sei que talvez você nem sinta minha falta, afinal, são tantas pessoas que você conhece todos os dias, mas, antes que eu me esqueça, queria agradecer por mais esse capítulo da minha história! Foi o mais emocionante e mais belo, sem dúvida: Merci beaucoup! 
E me aguarde, pois, o quanto antes, espero visitá-la. Eu preciso visitá-la. Não aguentarei mais tanto tempo de saudades... 


Portanto, À bientôt 
Com carinho 
de uma brasileira de coração parisiense 
Sue 

sábado, julho 02, 2011

Protesto contra o pedágio de Jaguariúna - Chega de enganações!

Como em todos os anos, no dia 01/07 há o reajuste do valor cobrado pelos pedágios. E assim, o valor cobrado no tajeto Jaguariuna-Campinas que já era extremamente abusivo está cada vez pior - 9,10 - fazendo um total de 18,20 para fazer o percurso de ida e volta, mais ou menos, 40 km ao todo. 
Há mais de dez anos que as promessas políticas em Jaguariúna envolvem o slogan "Jaguariúna Sem Pedágio" e a única coisa que vemos é cada vez MAIS pedágio - caro, abusivo, desnecessário! 
Pois agora, cansamos de apenas reclamar entre nossos amigos. Cansamos de esperar uma medida. Casamos de vestir o nariz de palhaço e ter que ouvir esse monte de mentiras como se fossem verdades.. Vamos mostrar que temos voz e não estamos conformados com essa situação! 

Organizamos o maior número de carros possível e vamos pagar esse valor ridículo com moedas. Moedas bem baixas. De 0,01 a 0,05 no máximo. Isso vai paralisar o pedágio completamente (eles não pedem pra facilitar o troco? rs) e vai chamar atenção de todos que lá estão. Acionamos a imprensa para fazer uma reportagem, todos os meios de comunicação que conseguirmos, regional e (por que não?) nacional também!!! Além disso, todos que estão no carro podem estar usando nariz de palhaço! Já que é isso que eles acham que somos não? 

Paralelamente a isso, mandamos nossos emails, cartas e protestos às autoridades responsáveis: Governo do estado, secretaria de transporte, câmara de deputados e também a Prefeitura, ué, afinal,. se há tanto tempo prometem é porque podem fazer alguma coisa. 

E aí, vc topa? está nessa? Ou vai ficar aí colocando frasesinhas no seu status do facebook apenas? Vai fazer alguma coisa ou esperar acontecer!!!!? 

Quem estiver comigo nessa, vamos nos reunir quarta feira, 06/07 , no Parque dos Lagos, às 18h para organizar essa manifestação?

Vamos lá, pessoal, UNI-VOS!  

sábado, junho 11, 2011

Sobre o dia dos namorados.

It's not if I believe in love
But if love believes in me
Oh, believe in me
(moment of surrender, u2)



Amanhã é aquele dia em que as pessoas que estão solteiras têm dois comportamentos distintos: ou elas se lamentam por estarem sozinhas, se entregam ao brigadeiro e às comédias românticas sonhando com o príncipe encantado, Ou fazem o elogio a vida de solteiro, agradecem por não comprar presentes, se jogam na balada e causam.


Pois qual não é a minha surpresa ao perceber que não estou em nenhum dos grupos. Sempre alternei entre eles durante esses anos de solteirice, tanto que aprendi o que define um ou outro comportamento - o coração. Se está gostando de alguém, você sofre por estar sozinha (afinal, gostaria de estar com o dito cujo), se não está gostando de ninguém..ahhh.. então é motivo para aproveitar (o que no fundo, nada mais é do que procurar alguém para gostar)! Mas e o que fazer quando não se tem nenhum dos dois? 


Estou solteira e nem quero deixar de ser solteira. Não queria ter alguém para passar o dia de amanhã e também não quero ir pra balada (deusquemelivre). Atingi o ponto da indiferença. A temida e preocupante indiferença (existe sentimento mais bizarro do que a indiferença?)



Será que deixei de acreditar no amor? E o pior, será que ele ainda acredita em mim?








sábado, maio 28, 2011

A música do Amor Platônico!

Estava pelo blog "A melhor das intenções"- http://amelhordasintencoes.wordpress.com/ -  e lá tá rolando alguns posts dedicados o dia dos namorados, e entre eles, músicas que falam sobre diferentes tipos de amor. Eu sempre gostei da música "Apenas mais uma de amor" do Lulu Santos, acho que é porque ela resume bem "essa é minha vida, esse é meu clube" rs. Sempre me fazendo de forte. Sempre sobrevivendo. Apenas deixando subentendido.. tem coisa melhor do que "aquela ideia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de acontecer"? - Sem erros, sem merdas, sem sofrimentos - apenas mais uma história.. vamos cantar?

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber
Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
E eu vou sobreviver...
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

sexta-feira, maio 13, 2011

10 motivos para não ir ao JRF

1.Dinheiro: É caro! Bem caro! Ouvi dizer que ingressos para a arena estavam em torno de 60 a 80 reais. Estacionamento: TRINTA REAIS. - no barro, sem seguro, e etc. CINCO REAIS a latinha de cerveja. E a maioria das pessoas ganha. Eu mesma, se quisesse ter ido, tinha ingresso pra vários dias. E aí, é assim, que paga fica lá no vuco-vuco da arena e morre pisoteado enquanto os puxa-sacos ficam nos camarotes, vip's e afins.
2. A Música: é ruim. (precisa explicar?) E não é só o show em si, o som ambiente é ruim. Além do sertanejo, o axé, o funk e etc.
3. O frio: todo santo ano faz frio nessa época de rodeio. E, curiosamente, parece que lá no recinto é mais frio que em qualquer lugar da cidade. Enfim, é sair de casa, no frio, pra enfrentar trânsito, fila, bagunça e música ruim.
4. o barro/poeira: o carro fica imundo. o sapato fica imundo, a roupa fica imunda, o nariz fica imundo. É poeira em tudo na vida.. tsctsctsc
5. Os bêbados: todo lugar tem bêbado, fato. Mas bêbado de rodeio é pior. É cara que está bebendo desde as 18h na galeria, é o playboyzinho que fez esquenta com Absolut também desde às 6h da tarde.. e se acha no direito de puxar seu cabelo, te agarrar, vomitar no seu pé, fazer cantadas ruins e ainda ficar bravinho se vc o ignorar.
6. O tumulto: gente, uma festa em que as pessoas já morreram pisoteadas, não é de Deus, certo?
7. Reencontrar o passado: o passado foi bom? Se pá, até foi. Mas reencontrar o que não foi bom, não é legal, e sempre tem alguém naquele lugar que te lembra o que você quer esquecer.
8.Fazer merda: D-U-V-I-D-O que tenha uma pessoa que nunca tenha feito merda em rodeio. Mandar msg pro ex ou pro amor platônico, beijar pessoa errada, dar vexame, chorar, passar mal e etc etc etc
9. Assalto: Eu já perdi um celular. Já tive dinheiro roubado. Quase perdi meus documentos.
10. Minha idade: é este o tópico mais importante de todos. Sim sim. Porque é mesmo uma grande ironia eu estar aqui escrevendo esse post, eu já fui muito a rodeios! Muito muito muito! Moro em Jaguariúna há 13 anos e essa é a primeira vez que não dou as caras por lá, então, como posso só agora ter percebido que é uma grande furada? Simples, a idade. Eu me divertia quando tinha 16, 17..até os 22 eu ainda aproveitei bem, depois comecei a perceber que já não fazia mais sentido, eu não tinha mais o espírito de "vou só pra curtir a festa, fazer merda, encontrar os amigos da escola e etc.." Quando a gente amadurece, mudam-se também as prioridades! Então, o principal motivo para eu não ir é: tenho 25 anos, me dei conta de todos os anteriores e não quero mais! :)  

segunda-feira, maio 09, 2011

Da série: Ela acreditava em anjos. E porque acreditava, eles existiam.

Há dez anos, em 2001, eu tinha 15 anos. Eu bem me lembro que teve o Rock in Rio III. Dentre as várias atrações daquele ano, só havia UMA que eu queria MUITO ver: Guns n' Roses. Depois de anos parados, ele estava de volta, desfalcado, (afinal, o que é o Guns sem o Slash?)  o Axl gordinho, ninguém sabia como seria o show. E é óbvio que meus pais jamais deixariam eu baixar lá no Rio de janeiro. Alguns poucos amigos foram. E eu fiquei, pra ver na TV. Fiquei até tarde esperando - várias gerações de fãs ficaram esperando - eu nem mesmo tinha noção do que era ser gente quando eles fizeram sucesso, mas eu queria ver! Queria ouvir! E foi sensacional!!!!!! Todos os agudos, todos os clássicos, ele até tentou correr (suou um monte, mas corria!rs) Era o  Guns. E sempre será o Guns.
Pensei: será que eu perdi a única oportunidade de ver o Guns ao vivo?

Dez anos depois, anuncia o próximo Rock In Rio. A programação vai deixando a desejar - pow, Katy Perry? Rihana? Nxzero? Cadê o rock??? - meio sem muitas esperanças, fiquei esperando, quem sabe, por um milagre, eles voltariam, mesmo tendo vindo pra cá no ano passado. E quem disse que "milagres" não acontecem?
Agora, tenho 25 anos. Só tô avisando: Mãe, eles vêm. E EU VOU!!!!! E um dia, quando meus filhos forem ouvir Guns (porque eu sei que eles vão ouvir) eu vou contar: Nossa, em 2011, eu vi eles tocarem essa música ao vivo! :)




Eu vou chorar quando tocar! (ei, Axl, faz favor, hein? esperei dez anos pra ouvir essa música ao vivo!)

domingo, abril 10, 2011

Mas é só brincadeira!

Lembro que no meu primeiro ano como professora de fato, sem ser só por substituições, propus uma discussão sobre o Bullying: através de reportagens, notícias e filmes, tentei propor a adolescentes de 12 a 14 anos uma reflexão sobre esse comportamento de humilhação, perseguição e intimidação. Resultado: Primeiro argumento contra "Ah, professora, mas é brincadeira!!!!" Segundo argumento: "Mas também, a pessoa não pode ligar né? Eu sou o que sou e dane-se o que os outros pensam". Consegui perceber um ou outro olhar daqueles que entendiam do que eu estava falando, outros que queriam que isso acabasse mesmo, e a grande maioria encarava como um discurso politicamente-correto da professora- mais- careta. Com certeza, as aulas dos professores que fazem piadinha ou põe apelidos nos alunos é bem mais divertida!

Pois bem, mesmo assim, nunca desisti. Sempre que posso toco no assunto, dessa vez, de uma maneira bem menos ingênua do que no início. Sei que o bullying existe, não vai deixar de existir - infelizmente - e sempre me pergunto o que a gente pode fazer para que não chegue a atitudes extremas, torcendo para que elas não aconteçam. E se eu conseguir fazer com que pelo menos um, dois, três alunos percebam que isso é uma idiotice, me sinto vitoriosa.

Mas aí acontece. Algo terrível. Sofrível para todos, não só para os envolvidos. A sociedade chora. Lamenta, se revolta. E aí a minha revolta é bem diferente...

Por favor, não venham me dizer que isso só acontece nos EUA. Tenha pelo menos um pouco de informação - não é a primeira e nem a última que isso acontece no Brasil. Não é sempre que tem tanta proporção, mas já aconteceu sim, e não foi apenas uma vez.

Por favor, não venha condenar esse rapaz! Não você, que punha apelido nos seus colegas. Não você que humilhava aquele que era diferente. Não você que falava mal de gordinhos, baixinhos, nerds e estranhos. Não você que morria de rir quando alguém fazia uma piada de mal gosto! Por favor, você que é covarde ao ofender as pessoas para se sentir melhor, não venha chamá-lo de covarde! Ei, você, pai, não venha me dizer que sofre assim como a família que perdeu um filho, e estimula seu filho a ser machão, aprova todo comportamento idiota que ele tem! Chega de tamanha hipocrisia! Não diga que você está indignado, se logo mais, você continuará sua vidinha e continuará humilhando pessoas para poder ser o engaçadinho!

Não estamos falando de um assassinato comum. Será que é tão difícil perceber que esse menino carregava uma revolta de anos, de rejeição, sofrimento, humilhação? Será que é tão difícil perceber que ele não escolheu uma escola por acaso, que não foi por acaso que ele voltou a escola que ele estudou, que não foi por acaso que ele escolhia meninas? Será que é tão difícil perceber que ele precisava de ajuda e não tinha ninguém para ajudá-lo?

Parece que sim. É mais fácil fazer o de sempre, transferir para o individuo um problema social. Culpá-lo por ser covarde. Culpá-lo por ser louco. Afinal, "nada justifica". Ele que não soube superar as "brincadeiras". Ele que deu muita "bola para o que os outros dizem". A culpa é só dele. De mais ninguém. Mais fácil, né? Afinal, ele está morto.

Pois bem, podem culpá-lo. Continuem a achar que é só brincadeira. Estamos no país da piada pronta mesmo, não é? Ignorem quando alguém tenta discutir o bullying. Achem engraçado. Riam. Compactuem com isso. Estimulem esse comportamento. Só não se espantem quando acontecer novamente. Porque vai acontecer.

São todos vítimas. E ao mesmo tempo, todos culpados. É impossível achar um único culpado e muito menos puni-lo. E então, daqui um tempo, as pessoas se esquecerão, continuarão suas vidas, em suas bolhas e seus egoísmos. Até acontecer algo que choque novamente. E começará tudo outra vez....

(Faz tempo que eu estava pensando em como escrever sobre os acontecimentos do Rio de Janeiro. Mas os sentimentos estavam tão confusos, que eu não conseguia definir por onde começar. Depois de ler pessoas incríveis que conseguiram pôr no papel aquilo que eu pensava, fiquei mais aliviada e a vontade de gritar para todo mundo o que eu sentia, passou um pouco! (para saberem de quem estou falando, vejam o blog da Aline, http://maisqueblablabla.blogspot.com/2011/04/monstros-sa.html e o blog do Miltão, http://liberoanimo.wordpress.com/2011/04/07/ajamos/ )

segunda-feira, março 28, 2011

Procura-se um companheiro.

Procura-se um companheiro
que saiba rir dos seus próprios defeitos.
(e dos meus)
Procura-se um companheiro que queira desbravar o mundo
de preferência, de mãos dadas.
Que não tenha medo de pegar uma mala ou uma mochila e partir.
Sem rumo, sem destino, sem data pra voltar.
Procura-se um companheiro que queira aproveitar cada momento da vida,
que curta um bom rock n'roll
que ria da música ruim
que dance desajeitadamente a música brega
que goste de poesia
que um dia escreva uma
que queira ganhar um livro
que queira um filho
dois filhos, três filhos
e um beagle.
Procura-se um companheiro que goste de ficar sozinho.
Que saiba a hora de calar. A hora de falar. A hora de parar de falar.
E a hora em que as palavras são desnecessárias.
Procura-se um companheiro que goste de cafuné.
Que tenha preguiça de acordar cedo..
Procura-se um companheiro que goste de ir ao cinema ver um filme cult.
Ou que finja gostar.
Ou que apenas esteja comigo nessas situações que são tão minhas.
Procura-se um companheiro
que não me complete.
Estou inteira, oras..
Um companheiro que some, acrescente, envolva, desnorteie...
que me tire a razão, o norte, a consciência, e fim.
Procura-se um companheiro sem estar procurando.
Procura-se um companheiro que surja,
do nada
e do nada, torne-se indispensável. Inesquecível.
Procura-se um companheiro que seja diferente de mim
(não suportaria outro de mim...)
e que por isso, goste da minha companhia.
Procura-se um companheiro que ame minhas amigas.
Que ame seus amigos. Mais que tudo.
Que me ame. E que ame ser amado.
Procura-se alguém que me encontre.
E não me perca jamais.

domingo, março 13, 2011

Os paradoxos e bizarrices desta pessoa que vos fala...

Todo mundo tem suas bizarrices, eis as minhas:

1. Eu adoro praia, mas DETESTO areia. Odeio areia grudando, odeio que as minhas coisas fiquem todas cheias de areia e nem gosto de ficar direto dela - sou adepta das cangas, cadeiras e do chinelo.
2.Eu gosto de manga, a fruta. Mas não posso nem sentir o cheiro do suco de manga. Principalmente, se for o de pozinho. Nem curto.
3. Sou capaz de trocar uma sobremesa de chocolate e sorvete por uma salada de frutas.
4. Não consigo sair de casa sem escovar os dentes. Pode fazer apenas meia hora que eu escovei, se eu for sair, tenho que escovar de novo.
5. Quando estou lendo uma revistar, tenho a mania de parar e de repente, começar a ler do fim para o começo. Depois eu volto, e continuo lendo sequencialmente.
6. Quando durmo em outro horário que não seja a noite, não gosto de dormir na minha cama. Durmo no sofá  ou na cama da minha mãe (que é a melhor de todas)
7. Deixo de comer algumas coisas por causa da aparência, mesmo sabendo que é bom. É o caso da berinjela.
8. Não consigo dormir descoberta. Pode estar o calor que for, tenho sempre um edredon, ainda que eu tenha que colocar o ventilador no máximo pra ficar fresquinho.
9. Seguindo o item acima - Só tomo banho gelado se estiver muito calor. Mas muito mesmo! Não gosto de banho frio, nem morno. Tem que ser quente!
10.Sempre tenho dificuldades em terminar um post.. tenho várias ideias para o começo, mas sempre acho que os finais estão ruins....

Um sentimento me define.

Um único sentimento toma conta de mim: Saudade!
Quando você sente saudade de alguém, telefona, manda email, carta, mensagem, sinal de fumaça, pega um ônibus, um carro ou avião e corre pra matar esse sentimento. Quando tem saudade de um cheiro, um gosto, um lugar.. procura fotos, lembranças, qualquer coisa que possa diminuir um pouco essa dorzinha ao mesmo tempo incômoda e boa - afinal, só se tem saudade do que é bom - mas e quando a saudade é de si mesmo?
Estou com saudade de mim. Saudade de uma pessoa que eu já fui e acredito que não vou voltar a ser. Como é possível matar a saudade de algo que não volta mais? A resposta é simples: não é possível. E por isso dói. E como dói.
Saudade do que eu pensava, acreditava, sonhava. Saudade do que me iludia. Saudade do meu rosto, do meu corpo, dos meus cabelos. Saudade dos meus olhos.. mais vivos, mais cheios de brilho. Saudade da esperança, da fé, do amor. Saudade de como tudo isso fazia parte de mim naquele tempo. E sem que eu pudesse perceber ou evitar, tudo mudou.

"Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.


Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração que nem se mostra. 


Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
Em que espelho ficou perdida a minha face?"



(Retrato, Cecília Meireles) 

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Eu queria.

Eu queria ter certeza de não querer mais.
Eu queria não querer.
Queria mesmo era me convencer de que não quero.
Queria acreditar que não quero mesmo.E nem nunca mais vou querer.
Eu queria que tudo não passasse de uma lembrança.
E que as lembranças ficassem escondidas em um lugar que eu nunca pudesse encontrá-las.
Como aquela roupa velha que você insiste em guardar na gaveta e de repente, quando volta fazer a arrumação, percebe:
não serve mais, não combina mais.
Não quero mais usar.
E vai então para a pilha que vai embora. E nunca mais volta.
Queria que fosse aquela roupa velha.
Queria que não voltasse.
Mas volta.
Eu queria querer que realmente não voltasse, mas você sempre volta.
Então me desconheço.
Todos meus argumentos não me valem mais.
Me engano, me finjo, me iludo.
Sou minha maior inimiga.
Não consigo convencer a mim mesma.
Queria acreditar naquilo que eu faço com que os outros acreditem.
Queria querer as coisas diferentes, novas.
Queria não querer mais o seguro, confortável, conhecido.
Queria não querer mais reviver lembranças de outrora.
 Queria não ter mais aquele riso bobo que só eu sei (e talvez você saiba) que existe quando você me olha com aqueles olhos que são só seus.
Definitivamente, queria não querer.
Queria, futuro do pretérito
( e existe algo mais paradoxal do que o futuro e o pretérito?)
ação futura ocorrida no passado.
E o passado já foi.
E o futuro não será.
Eu queria....... Não quero mais?
Não quero. Não quero querer.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Filme "Nosso Lar" e outros pensamentos.

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro" (Clarice Lispector) 




Não sou espírita. E já também não sei se sou católica. Se ser católica significa ser batizada, crismada e ter primeira eucaristia, pois bem, eu sou. Agora se é ir a Igreja e concordar plenamente com os dogmas católicos, então não. Considero-me cristã. Não acredito em Alá, nem Buda, nem acho que Jesus Cristo foi só um profeta. Sou apenas uma pessoa que tem fé. E a minha fé assim como a de todos vem justamente daquilo que não podemos explicar. Acredita-se e fim. 


Ontem, ao assistir ao filme Nosso Lar, tive vários pensamentos. Não li o livro e nem mesmo conheço os estudos espíritas, embora tenha uma grande admiração e respeito (porque não, afinidade?) com os seus ideais. Então, para mim, houve algumas surpresas e questões. A primeira coisa que busquei ao ver as imagens do Umbral e do próprio Nosso Lar foi: Como eu achava que era o céu? e o inferno? e o purgatório? - Bem, como católica, essas entidades imaginárias sempre foram recorrentes em meu subconsciente, até que me dei conta de que eu nunca tive na verdade uma verdadeira idéia física do que fosse o céu ou o inferno e etc. As imagens mostradas no filme são absolutamente questionáveis para alguém que desconhece os estudos espíritas - uma cidade em outra dimensão, computadores, televisores, enfim.. algumas supresas com relação àquele imaginário comum: um dia ensolarado, jardins, flores, clima ameno e feliz. Duvido que alguém faria uma descrição diferente do céu. 


Mas o mérito do filme, ao meu ver, e o que mais me fez pensar de ontem pra hoje foi: como são as pessoas que estão no céu? como elas devem ser? E nesse quesito, ponto para o espiritismo: o céu é um lugar onde existem pessoas do bem. Todos iguais entre si, respeitando-se, amando-se, unindo-se. Não importa como será o "céu" fisicamente, mas se as pessoas que o compõem realmente for assim.. então, estamos falando a mesma língua. E o outro ponto positivo para o espiritismo é: isso não acontece sem aprendizagem. E essa aprendizagem não é só na vida terrena. O Ser humano precisa aprender constantemente, porque ele tem falhas, erros, defeitos. E nem sempre ele tem consciência dos defeitos. (aliás, quase nunca tem) 


As pessoas admitem defeitos que na verdade as torna ainda mais vítimas - eu me preocupo demais com as pessoas, eu abro mão pelos outros, eu dou mais do que recebo, etc. Ora, defeitos assim são fáceis e até bons de admitir. Estou falando daqueles defeitos tão humanos, que todos sentem, e que temem admitir como se a partir do momento que dissessem ele se tornasse mais real - a inveja, o egoísmo, a traição, a falsidade. Não me venha dizer que nunca sofreu de nenhum desses, porque eu simplesmente não acredito. 


Pessoas mentem todos os dias o tempo todo. Pessoas enganam, traem, e nem sempre com a intenção de fazer mal a alguém, mas não estão sendo corretas. Pessoas que traem seus companheiros. E não falo só de infidelidade - eu falo de mentira, deslealdade, falta de respeito. Pedem perdão, não se arrependem e fazem de novo e de novo e de novo.Quem nunca ficou com uma pessoa comprometida e ainda diz: "Não sou eu que tenho compromisso" Como se isso livrasse sua culpa. Isso se chama traição. Quem nunca julgou pessoas que tem mais amigos do que vc, gostam mais de outra pessoa do que vc, tem um(a) namorado (a) mais bonito, ganha mais, diverte-se mais, enfim.Isso se chama inveja. Quem nunca se irritou pq alguém não fez o que vc queria que aquela pessoa fizesse. Deixa eu te avisar: isso é egoísmo. Julgar atos, criticar pelas costas e sorrir pela frente. Vamos lá, sejam sinceros consigo. Sim, estamos todos sujeitos. Ninguém está livre. Ninguém tem caminho reto, direto e sem dor ao "céu" só por causa de uma dúzia de ave-marias e pai-nossos ou uma doação em dinheiro pro Boldrini.. o arrependimento real é muito mais dificil. 


No fundo, eu tenho pena daqueles que acham que não erram. Já se acham bons o suficiente. Não roubo ninguém, não mato, vou a missa, não faço mal a ninguém - vou pro céu. Tenho pena dos que têm essa certeza. Tenho penas dos que se consideram bonzinhos. Se consideram prontos.


Prefiro pensar que ainda não estou pronta. Que ainda erro muito e tenho muito ainda pra aprender com cada erro. Tenho que melhorar cada vez mais, evoluir mais. E ainda assim, não estarei pronta. Porque o que separa o humano do divino é justamente isso: a imperfeição. 


Independente de religião, crenças ou fé - tenhamos a consciência de sermos humanos, e por isso frágeis, suscetíveis, ruins.. e busquemos cada vez mais ser uma pessoa melhor. E quem tiver com essa ideia, independentemente de qual religião for,  estou dentro! 


Quanto ao filme em si - atuação fraca, efeitos e cenários duvidosos, porém uma boa história! Vale a pena. 

domingo, janeiro 16, 2011

10 Coisas/Pessoas que eu não gosto. Muito.

1.Acordar cedo: Deve fazer quase uns 20 anos que eu tenho que acordar cedo. E eu NUNCA me acostumei. Entenda-se cedo para mim: em dias úteis, antes das 8h. Fim de semana, Antes das 10h. Eu já não gosto de acordar. (é sério, pra mim, a sensação de sair do útero deve ser mais ou menos parecido com isso..) Com despertador, é pior ainda. Sem ter dormido o suficiente, a morte. E acho que eu não vou me acostumar mesmo (e nem vou ter que deixar de acordar cedo)


2. Pseudointelectuais: (isso inclui também intelectuais posers) Gente que fica criticando tudo que é popular. Vai contra  todas as unanimidades apenas para ser do contra. Fala mal de BBB, Novelas, mas assiste Realtys e Seriados de TV por assinatura. Fala para as pessoas lerem um livro mas não lê bosta nenhuma. Critica as futilidades. É burguês e faz discurso de esquerda. Realmente, é um tipinho que cansa muito. Principalmente nas redes sociais. 

3. Piriguete que se faz de santa. Precisa explicar? É discurso moralista, é julgamento alheio, é charminho, é cu doce.. Ganhou liberdade, está descendo até o chão, encoxando, pegando cara com namorada, casado, etc. o affair da amiga e assim vai. Dia seguinte, nova posa de santinha. Odio mortal! (todo meu respeito às periguetes assumidas =) ) 

4. Encontrar uma garrafa de coca-cola na geladeira com só um pouquinho. Pow, bebesse tudo né? Fica iludindo as pessoas (o mesmo acontece com o suco, o leite e assim por diante...) 

5. Perceber que a pessoa não fez o mínimo esforço pra entender algo. Eu tenho o hábito de antes de perguntar alguma coisa, sempre procurar ver se a resposta não está na minha fuça. Parece óbvio né? Mas não é. Você manda um email. A pessoa responde dizendo que não entendeu e perguntando tudo que vc já escreveu. Tem uma placa em algum lugar. A pessoa te pergunta aquela informação ao invés de ler. Resumindo: não gosto de quem tem preguiça de pensar. 

6. Fila desorganizada. Eu não sou uma pessoa organizada, mas me dá funiquito não saber onde começa ou onde termina uma fila. Custa um ficar atrás do outro? Já cheguei a fazer a louca e organizar a fila do banco e da barraquinha de tapioca lá no festival de inverno de amparo.rs

7. Sapato que aperta/machuca. Nessa caso, é uma escolha né? É que tem alguns que são traidores. Vc olha aquela sapatilha linda, fofa, sem salto  e pensa: Que confortável! Mentira. Ela vai arruinar sua noite, seu dia de trabalho, etc..

8. Bebidas mornas. Ou é quente. Ou gelado. Não gosto de nada morno. Água morna, suco morno, leite morno, banho morno.. écati. 

9. Casais bregas. É perfil único no orkut. É status de casado sem estar. A foto juntos no perfil. É declaração all the time. É apelido besta. É voz de "bebê" (leia-se: retardado) É um fazendo ceninha pro outro. Fadiga, né?

10. Falar no telefone. Não sei em que momento eu deixei de gostar pra chegar ao ponto até de evitar. Talvez seja pq eu esgotei toda minha cota na adolescência. Hj prefiro emails, sms, sinal de fumaça.. o que for, menos o telefone. Desenvolvi repulsa. rs

(a lista não é por ordem de importância, a não ser o primeiro item: eu não gosto MESMO de acordar cedo)