segunda-feira, setembro 17, 2012

Eu te perdoo.

Teve uma epifania!
Um daqueles momentos únicos em que todas as dúvidas e incertezas se resolvem como em um passe de mágica.
Então era isso, exatamente isso, de que precisava.
Mas como?
Respirou fundo e refletiu, tentando não tomar nenhuma atitude precipitada.
Na verdade, dificilmente ela tomava atitudes precipitadas, era cautelosa demais. Medrosa demais.
Escolheu a maneira de que mais gostava. A qual sempre escolheu. E nunca falhou.
Então pegou um papel, uma caneta e escreveu a carta que nunca iria enviar:

"Eu sei que você não precisa das minhas desculpas.
Você não se importa se eu te perdoo ou não..
Sei que, pra você, não importa se eu te acho a pior pessoa do mundo ou a melhor.
Sei também que você não se preocupa se eu sobrevivi,
ou se eu fiquei arrasada, devastada, destruída...
Não é problema seu.
Eu sei.

Sei que para você foi mais fácil ignorar...ser indiferente.
Simplesmente porque você não iria dizer o que eu queria ouvir.
Ou, talvez, iria.
Em uma tentativa de fazer eu me sentir menos pior. 
Mas não disse. Ainda bem!
Afinal, não havia mais o que dizer.
E você fez bem em me ajudar a não me enganar mais.
Em deixar eu digerir a verdade. Me acostumar.
Que mais uma vez... de novo
(de novo... de novo... )
 deu tudo errado!

Mas eu preciso te desculpar.
E preciso que seja de verdade, sincero.
Eu preciso te perdoar.
Porque esse sentimento que está aqui não é meu, não me pertence, não combina.
Está me matando, me consumindo...
Eu preciso te perdoar, por mim.
Porque quando eu o fizer, você vai me deixar em definitivo.
Eu preciso te perdoar pra te esquecer.
Eu preciso sentir absolutamente nada por você
Nem raiva,
Nem ódio,
Nem pena,
Nem desprezo,
nem mágoa,
nem amor,
nem saudade,
(principalmente saudade)
a Indiferença total. 
É dela que eu preciso. 
Ela, que você já encontrou. 

Eu preciso te perdoar para poder me perdoar...
Porque a grande culpada dessa história fui eu.
Eu deixei tudo chegar aonde chegou.
Você me avisou, mas eu quis pagar pra ver
fui teimosa,
cabeça-dura,
cega,
ridícula
e burra.
Eu preciso entender que eu me enganei sozinha,
me enfiei sozinha nesse problema.
E que todos erram, 
Corrijo: todos que amam erram. Erram tentando acertar. 
Logo eu posso errar também. 
E errei. 
Preciso me perdoar por isso.
Te culpar não vai mudar nada,
te culpar não vai me deixar menos triste,
te culpar só me deixa rancorosa...
te culpar não vai fazer com que você sinta culpa alguma
Então eu preciso e vou te desculpar..

Para isso, eu vou acreditar que a pessoa que eu conheci existe, sim, 
apenas cometeu um erro.
Um erro estúpido, 
tão péssimo como o que EU cometi: 
o erro de permitir que as pessoas passem dos limites conosco, 
que as pessoas deixem suas loucuras nos afetar.
De não saber a hora de parar. 

Então, eu vou me lembrar da pessoa que me fez perder o chão,
que me fez ter coragem de tentar mais uma vez.
Eu vou lembrar do carinho que eu tinha por ela e vou perdoá-la. 
Vou buscar aquela sinceridade que eu costumava ver no seu olhar
vou acreditar que eu não me enganei completamente 
e entender que tudo não passou de um erro
e tantas pessoas erram...
Você não foi o primeiro 
e nem será o último.    

E quando eu conseguir te perdoar, 
me perdoar
e tudo isso passar,
você será apenas uma lembrança
escondida em uma piada sem graça, 
ou em um rock das antigas, 
uma lembrança que não vai mais voltar
mas, principalmente, uma lembrança que não vai mais doer.

Eu te perdoo." 

Passou os olhos sobre a folha.
Leu mais uma vez a fim de que tudo aquilo ficasse gravado em sua memória.
Dobrou, enfiou em meio a um livro.
Fechou-o.
Apagou a luz e deitou a cabeça no travesseiro.
Uma cabeça mais leve.. enfim!
(Maybe you was right/:didn't want a fight./I should've known!/Couldn't read the signs,/couldn't draw the line: I should've known! No, I can not forgive you yet./No, I can not forgive you yet./To leave my heart in debt./I should've known)


domingo, setembro 02, 2012

Vinte e Seis


  1. Eu tenho dificuldade para ler algarismos romanos. 
  2. Tenho medo de brinquedos de Parque de Diversões. Eu vou. Mas morro de medo. 
  3. ERA  fã do Leonardo. (Aquele, da dupla sertaneja, sabe? Esse mesmo)  
  4. Não gosto de azeitonas. 
  5. A-d-o-r-o Coca-cola. E cerveja! Ambos bem gelados!  
  6. Não sei fazer contas de dividir de cabeça. Com dois números na chave então, impossível! 
  7. Adoro usar vestidos. 
  8. Minha música favorita no mundo é Under Pressure do Queen. 
  9. Eu já vi um Beatle. Assim, de pertinho mesmo.  
  10. Os melhores anos da minha vida foram de 2004 a 2008, quando estudei na Unicamp.
  11. Já me formei há quatro anos e ainda não fiz pós, nem mestrado, nem especialização. E nem tô afim de fazer
  12. Minha cor favorita é vermelho.
  13. Sou irremediavelmente apaixonada por Paris. 
  14. Tenho uma memória irritantemente boa para algumas lembranças, fatos e conversas e péssima para outras, como por exemplo: senhas.
  15. Nunca tive um namorado. (mas já amei alguns caras como se fossem um) 
  16. Nunca acostumei a acordar cedo. Logo acordo, geralmente, de mau humor.
  17. Ainda não li todo Grande Sertões: Veredas. Em compensação, já perdi as contas de quantas vezes li O pequeno príncipe. 
  18. Assisto novelas. E Big Brother. E leio horóscopo. (Me julguem!)  
  19. Não me acho bonita. 
  20. Sempre dou risada das piadas do Joãozinho. E de trocadilhos infames.  
  21. Tenho ciúmes e um poço de insegurança, mas sou incapaz de demonstrar. (pelo menos, eu acho que não demonstro)   
  22. Me acho inteligente.
  23. Eu quero ter um beagle que vai se chamar Quincas. 
  24. Tenho uma habilidade incrível para derrubar, quebrar e perder coisas. Já perdi dois celulares em um semana.
  25. Ainda sonho em ser mãe.
  26. Mas antes, quero viajar muito e conhecer esse mundão de meu Deus!    
Vinte e seis anos. 
E uma série de "nãos" na lista de coisas a fazer.
Uma saudade imensa da satisfação de já ter realizado tantas outras.
Muitas perguntas, poucas respostas e uma certeza: não sei viver sem amigos.
(nem sem bacon!) 

Chego aos vinte e seis anos com uma ansiedade imensa.
Como se a partir da meia-noite de hoje tudo pudesse mudar.
Acreditar nessas "mágicas" nos ajuda a levantar da cama todos os dias. 
Esperar por dias especiais tornar os outros suportáveis.
Sem dúvida, queria estar transbordando de alegria. Tenho muitos motivos para estar.
E apenas um que não me permite estar. Matematicamente injusto. Eu sei. Mas real e incontrolável. 
Me sinto muito mal em ainda não estar plenamente feliz mesmo depois de todas as demonstrações de carinho que recebi nos últimos dias.
Desculpem-me pela ingratidão - sou humana demais.

Espero que a partir deste três de setembro, a tristeza vá embora de mim.
Espero renovar. Recomeçar. 
Aos poucos, mas recomeçar. 
E a todos que estiveram ao meu lado nesses dias: MUITO, mas MUITO OBRIGADA! 
Eu os amo demais!