It's not if I believe in love
But if love believes in me
Oh, believe in me
(moment of surrender, u2)
Amanhã é aquele dia em que as pessoas que estão solteiras têm dois comportamentos distintos: ou elas se lamentam por estarem sozinhas, se entregam ao brigadeiro e às comédias românticas sonhando com o príncipe encantado, Ou fazem o elogio a vida de solteiro, agradecem por não comprar presentes, se jogam na balada e causam.
Pois qual não é a minha surpresa ao perceber que não estou em nenhum dos grupos. Sempre alternei entre eles durante esses anos de solteirice, tanto que aprendi o que define um ou outro comportamento - o coração. Se está gostando de alguém, você sofre por estar sozinha (afinal, gostaria de estar com o dito cujo), se não está gostando de ninguém..ahhh.. então é motivo para aproveitar (o que no fundo, nada mais é do que procurar alguém para gostar)! Mas e o que fazer quando não se tem nenhum dos dois?
Estou solteira e nem quero deixar de ser solteira. Não queria ter alguém para passar o dia de amanhã e também não quero ir pra balada (deusquemelivre). Atingi o ponto da indiferença. A temida e preocupante indiferença (existe sentimento mais bizarro do que a indiferença?)
Será que deixei de acreditar no amor? E o pior, será que ele ainda acredita em mim?
Um pouco de mim...
- Sue Ellen
- Jaguariúna, São Paulo, Brazil
- "É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos, o que me faz agir não é o que eu sinto mas o que eu digo." (Perto do Coração Selvagem, Clarice Lispector)