Depois de muito tempo sem ir a uma, resolvemos ir à balada. Os motivos que convenceram foram as entradas VIP's e o Open Bar de Stella Artois. E então, fomos.
Definitivamente, esse mundo não me pertence mais. Já comentei isso por diversas vezes aqui no blog, não sei porque me esqueci dessa convicção. A música tão alta que não permite conversar, a falta de luz que confunde a visão e não permite distinguir bem as pessoas. As meninas com roupas mínimas, os rapazes todos iguais: com a mesma camisa pólo, com um número de um lado e uma bandeirinha e/ou desenho do outro. Todas com o mesmo corte de cabelo e mesmo tom de coloração. Entre eles, algumas pessoas... bem, perdidas? Será que seria esse o adjetivo ideal? Acho que sim! Perdidas. Não seguem o mesmo padrão que as demais, já não tem a mesma idade, parecem procurar suprir algo, com toque de maldade chamariamos de "tiazona". E eis que meu irmão solta:
- Su, você tem só mais um ano, viu..
- QUE?
-É! Balada, no máximo até os 25. Você já é meio tia também.
E então percebi o quanto eu estava perdida naquele ambiente. Não é o que eu gosto. Nem as músicas, nem as pessoas, nem a bebida cara, nada daquilo me agradava mais, estava lá nem sabia porquê. Perdida.
A verdade do meu irmão de vinte e poucos anos, nesse caso, não foi nem um pouco dolorosa. Foi só uma constatação: Sim, estou tia para as baladas. Vou deixá-las para essa turma que vem por aí. Penduro meu salto alto, sem a menor dor no coração. Afinal de contas, desde os dezesseis até os vinte e poucos, é muito tempo para aproveitar, não? E aproveitei.
Não quero parecer como aquelas que eu chamei de "tia", procurando desesperadamente por um tempo que não volta mais. Não tenho vocação para Peter Pan. - Cada idade tem seu prazer e sua dor.. já diria a canção.
Troco meu salto alto pela sapatilha, o escuro pelas meia luz, a longneck/drinks pela cerveja de garrafa, o camarote por uma mesa com os amigos, o xaveco furado e as conversas gritadas, pelas risadas dos papos filosóficos de mesa de bar, a dança "sensual" pela dança engraçada, a música alta pela melodia cantada por bandas. E tudo isso sem a menor dor no coração!
O que me importa, do que não abro mão de forma alguma é da noite!! E essa, não vai me abandonar!
2 comentários:
Q legal, dá pra ver q vc postou pelo facebook...hehehe, eu não sabia disso ainda.
hahaha, bem, eu com meus quase 28 anos já troquei a balada por outras adventures mais prazerosas no momento faz tempo hehehe. Cada idade tem seus encantos, precisamos saber viver cada um deles intensamente ;)
ola! sempre bom passar por aqui e ler seus textos! abraços.
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