sábado, outubro 07, 2006

L'amour..hum hum.. c'est pas moi..

As pessoas costumam escrever sobre amores impossíveis, pessoas que se amam, mas que por algum motivo não podem (ou não conseguem) ficar juntas, seja pela distância física, seja pela distância “ideológica”, ou pela diferença de personalidade. O sofrimento por amor é sempre um tema de reflexão. Crises de ciúmes, casos de traição... ou até mesmo o “viveram felizes para sempre”.

Mas nunca ouvi alguém falar sobre a indiferença. Um dia desses, me convidaram para entrar numa comunidade do orkut que se chamava: Contrário do amor: Indiferença.

A descrição falava que nós descobrimos que o amor acabou (se é que ele um dia existiu..) não quando a outra pessoa te odeia, porque amor e ódio são sentimentos bem próximos. Mas se sabe que o amor acabou quando tudo que restou foi a indiferença.

Lembrei-me daquela música do “poeta” Zezé Di Carmargo: “é a sua indiferença que me mata..

Pouco se fala sobre a indiferença porque a vaidade humana não deixa admitir que uma outra pessoa esteja simplesmente NEM AÍ pro que vc faz, deixa de fazer ou pretende fazer. E bem aquele lance que o Lulu Santos canta em sua música “não imagine que te quero mal, apenas não te quero mais”.

Admitir essa verdade é negar sua própria vaidade. É aceitar que tudo aquilo que pra vc foi lindo, foi infinito, foi especial... para aquela pessoa não passou de apenas um fruto do acaso..

Saber que aquela pessoa por quem vc sente carinho, admiração, preocupação, mesmo com todos os defeitos, mesmo ela tendo te feito sofrer,(as vezes até sem perceber), aquela pessoa por quem vc seria incapaz de lhe fazer mal ou deixar que alguém lhe fizesse mal simplesmente está “nem aí” pra vc..

Isso mesmo: N-E-M – A-Í! Tentei achar uma palavra mais poética, ou menos forte, mas sejamos sinceros com nós mesmos. É assim que funciona. Pra algumas pessoas temos importância só enquanto somos úteis, e essa importância é essencialmente utilitária, a pessoa vai fingir que se importa enquanto ela “precisar” de você, quando ela não precisar mais, ela simplesmente vai estar nem aí, não adianta vc esperniar, fazer escândalos, dar chiliques, indiretas, provocações.. ela vai estar nem aí, porque vc não importa mais, porque ela não sente nada por vc.

Triste, né??
pois é, mundo real, caros amigos..

Não me excluo dessa realidade.. seria muito hipócrita da minha parte dizer que “as pessoas são assim”, e eu seria quem?? Madre Tereza de Calcutá?? Não, sou uma pessoa também, e não sei quem pode ter sofrido com a minha indiferença..

Só sei que cansei.. pra mim, pior que o “não deu certo”, ou o “acabou” é o “nunca existiu”..


E eu me pergunto:

"If I don’t need you then why am I crying on my bed?
If I don’t need you then why does your name resound in my head?
If you’re not for me then why does this distance maim my life?"

(You're not the one, Daniel Beddingfield)




3 comentários:

Anônimo disse...

Nada. Ou como diria meu amigo paraguayo, mas ainda amigo e muito querido, o Walter, que está na França fazendo doutorado, "nedénedé" hahahaha...
Me odeie, mas jamais diga que "não é mais nada". E eu acho que quando acaba, é pq nunca existiu... Já dizia caju "O nosso amor a gente inventa pra se distrair. E quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu. Bjo, te amo.

Anônimo disse...

vamos ver se agora eu consEgo! =P

Anônimo disse...

conseguiiiiiiiiii!!!!!!! hhuhuuhuhuu!!!
amiga-lhes... adorei seu texto! e naum se preocupe em se alguém já sofreu com sua indiferença, eh o curso natural da vida! ninguém merece ficar fingindo sentir o q o coração não sente... melhor assim, nunca existir! tem coisas q são mto difíceis da gte enxergar na hora... mas depois, qdo tudo passa e vc escolhe outro mar pra deixar seu barco, vc vê o qto aquilo tudo q passou naum valia a pena msm! DEus sabe o q faz... é o déstino! hahahaha... mixela, nada de fossa hen? alegria, alegria! sem lenço sem documento, num sol de quase dezembro! hahaha... Bjuuuuss