sábado, novembro 06, 2010

Um belo poema.

Chuva fria

Manhã de sábado
Acordo assustado
A noite havia acabado
E eu ainda estava ligado.
A noite que veio,
Tão calma, sem brisa
Levou, sem rodeio
A falta imprecisa.
Ainda me pergunto
Como ela chegou,
Quando menos esperava
A saudade voltou.
O que mais surpreendia
Não era a face sem rosto
Ou o olhar sem brilho,
Ela estava com a arma na mão
E o dedo no gatilho.
Antes mesmo de começar a correr,
Ouvi num tom mediano
As águas eram seus dedos
E os telhados seu enorme piano.
As notas bem feitas
Me deixavam intrigado,
E antes de cair desmaiado
Gritava exaltado:
Chuva gelada, diga-me agora, o que foi que fiz para deixar-te irritada.
Chuva gelada, diga-me agora, quando tentei interromper sua jornada.
Chuva gelada, faça-se agora, leve daqui a tristeza infiltrada.
Chuva gelada, conte-me agora, onde se esconde minha amada!



Gostou? Achou bonito? Eu também! 
Sabe quem escreveu?
Meu aluno: João Paulo, publicou em seu blog http://operacaorevolucao.blogspot.com/2010/11/chuva-fria.html 

Não é pra morrer de orgulho? =) 

Um comentário:

João Paulo Maldonado Cantisano disse...

E eu morro de orgulho de ser seu aluno, professora!
Muito, muito obrigado, por ter gostado tanto do texto! Você não pode imaginar o quanto eu fiquei feliz e o quanto eu gosto de você! Um abração!