segunda-feira, junho 18, 2007

Repassando...

Eu sou da teoria de que textos bons devem ser repassados. É claro que devemos atribuir-lhes a devida autoria, afinal, não é justo com o pobre autor.. o "pobre" já perde o direito a última réplica, que pelo menos ele receba o mérito devido!
Esse texto foi lido no blog de um colega de IEL, o Alê.. e, eu gostei tanto! :)
Me identifiquei muito.. e acho que todo mundo que tem blogs, ou lê blogs vai se identificar... ou mesmo quem não escreve.. acho que todo mundo já teve essa sensação!
Enfim.. copiei o texto desse site: http://maisumapalavraqualquer.blogspot.com/, caso queiram conferir e tb visitar esse blog.. afinal, esse cara manda bem nos textos! hehe

Chega de enrolação.. aí vai:

"Guardei o e-mail no rascunho

Primeiro que nem sabia ligar o computador. Abandonei a idéia de digitar a minha carta de amor e enviá-la por e-mail. A intenção é que fosse anônima, mas para isso deveria criar uma conta alternativa; se já me era difícil saber quais e quantos aparelhos eu deveria ligar para fazer o computador funcionar, imagina criar um 'endereço eletrônico'...
A carta parecia-me bem escrita. A letra bela, mesmo tendo a folha de fichário branco como substrato. O conteúdo era elogioso, e elogiava de forma clara, objetiva; sem apelar para um sentimentalismo caduco ou romântico. Não era extensa; talvez, penso eu, o suficiente para provocar uma leitura ansiosa, leve – furiosa, breve.
No entanto, se as dúvidas e receios não me assaltaram no momento da escrita, tomaram-me agora, à gola, sufocando-me enquanto pensava o meio mais eficaz de fazê-la chegar à mão da destinatária.
Carta impressa, fonte "Times New Roman", tamanho 12? E onde apareceriam meus traços de personalidade? Meus ex-quase-erros futuros de caligrafia, os quais retificaria forçando o bico da bic, ou aniquilando-os por completo, sob a massa opulenta do 'branquinho'?
O certo, o correto, seria uma carta escrita à mão; mas quantas das mulheres de hojes, virtuais ou/e atuais, gostariam de receber um envelopim enfeitadim, contendo um palavreado delicado, dedicado a (não) explicitar um sentimento já implícito?
E a carta, ou melhor, a declaração clássica do amor, é algo desnecessário para as mulheres nos dias de atualmente? Quando o homem pensa estar revelando o segredo do universo é porque já foi o tempo da mulher descobri-lo, gostar, desgostar e se achar voando por outros campos ou lendo cartas em outros cantos.
E a minha carta? O que ela seria na história do homem? Minha intenção é que a mocinha gostasse, apreciasse a minha quase atitude. Mas na história da humanidade, com tantos Joões, Clarices e Andrades, os meus escritos não resultariam em nada.
Não resultaram. Não a entreguei. Namorei, mas não fui namorado".

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenso, vei...
Tenso... hehehehehe
Enfim!!! C ta ligada!!!
Nao preciso falar... Vc ja sabe!!!